domingo, 11 de outubro de 2009

Criação do Memorial do Blog

Olá Pessoal!!

Na aula do dia o7/10, além das postagens do blog com a síntese de cada encontro, orientei a produçao de um MEMORIAL DO BLOG, no qual cada aluno/a irá criar um perfil relacionado com as suas vivências com linguagens: Quais as percepções de linguagens na infância, na adolescência e na vida adulta nos espaços não formais e nos formais de educação? Que fatos de linguagem marcaram a sua trajetória pessoal? A linguagem não é neutra, ela carrega ideologias e poderes, como isso aparece nas suas vivências?
Embora linguagem escrita seja a mais óbvia para a construção desse memoral, outras linguagens também podem ser utilizadas, como um vídeo, por exemplo.

Busque a sua sensibilidade e a sua criatividade e traduza-se revelado a sua complexiade e a sua idividualidde.

Para auxiliar leia o poema TRADUZIR-SE de Ferreira Goulart e a letra da música METADE de Oswaldo Montenegro.



TRADUZIR-SE (Ferreira Goulart)



Uma parte de mim

é todo mundo:

outra parte é ninguém:

fundo sem fundo.

Uma parte de mim

é multidão:

outra parte estranheza

e solidão.

Uma parte de mim

pesa, pondera:

outra parte

delira.



Uma parte de mim

alomoça e janta:

outra parte

se espanta.

Uma parte de mim

é permanente:

outra parte

se sabe de repente.



Uma parte de mim

é só vertigem:

outra parte,

linguagem.



Traduzir uma parte

na outra parte

_ que é uma questão

de vida ou morte

_será arte?





METADE (Oswaldo Montenegro)



Que a força do medo que tenho

Não me impeça de ver o que anseio


Que a morte de tudo em que acredito

Não me tape os ouvidos e a boca

Porque metade de mim é o que eu grito

Mas a outra metade é silêncio.


Que a música que ouço ao longe

Seja linda ainda que tristeza

Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada

Mesmo que distante

Porque metade de mim é partida

Mas a outra metade é saudade.


Que as palavras que eu falo

Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor

Apenas respeitadas

Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos

Porque metade de mim é o que ouço

Mas a outra metade é o que calo.


Que essa minha vontade de ir embora

Se transforme na calma e na paz que eu mereço

Que essa tensão que me corrói por dentro

Seja um dia recompensada

Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.


Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.


Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso

Que eu me lembro ter dado na infância

Por que metade de mim é a lembrança do que fui

A outra metade eu não sei.


Que não seja preciso mais do que uma simples alegria

Pra me fazer aquietar o espírito

E que o teu silêncio me fale cada vez mais

Porque metade de mim é abrigo

Mas a outra metade é cansaço.


Que a arte nos aponte uma resposta

Mesmo que ela não saiba

E que ninguém a tente complicar

Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer

Porque metade de mim é platéia

E a outra metade é canção.


E que a minha loucura seja perdoada

Porque metade de mim é amor

E a outra metade também.

5 comentários:

  1. Professor, está me faltando um pouco de prática no uso do blog, por isso vou postar o comentártio da aula do dia 30.10 nesso espaço. Não sou muito de gardar datas, mas acredito ter sido a aula em que o senhor nos orientou na criação do blog. Essa aula foi muito interessante, pelo fato de sermos desafiados a construir um espaço que promove debates e construção de conhecimentos dentro da rede mundial de computadores. Aprender criar o espaço, já aprendemos resta agora aprender a utilizá-lo.

    Um abraço e fiquem com Deus!

    Flávia Vitor

    ResponderExcluir
  2. Diante da proposta de se fazer um memorial sobre linguagem a minha vida, me ponho a dizer que logo na infância a minha timidez me fez ter dificuldades de domínio da linguagem falada se constituindo uma barreira para a minha evolução. No entanto outras formas de linguagem me foi sendo necessário desenvolver, acredito que ao longo dos anos aprendi a ver a vida de um olhar mais concentrado de quem assisti a uma peça teatral onde todos tem o seu papel e o executa com perfeição, mesmo que eu no momento não compreenda o que o autor(Deus) queira transmitir.
    Me recordo que era um bom aluno de matemática e depois de uma determinada série e professora tive um aproveitamento ruim passando sempre com dificuldade, a professora não tinha paciencia com a turma e por vezes chamava os alunois de burro, entre outros adjetivos que não vale a pena relembrar.Acho que foi a minha primeira dificuldade na escola, mas acredito que ainda assim houve um aprendizado em termos de vivência.
    Todos temos alguma experiência com as mais variadas formas de linguagem sendo boas ou ruims, porém confesso ter dificuldades de expressar quão importante é esse instrumento na vida de todos nós mesmo que não tenhamos atentado para isso.

    ResponderExcluir
  3. Oi professor Márcio, estou feliz em estar visitando seu blog pela 1ª vez e deliciando-me em seus textos, nos poemas de grandes escritores, e ampliando meus conhecimentos acerca da disciplina, gostei muito da idéia do blog, espero poder participar diretamente da disiplina, não omente como expectadora, mas como artista. um beijo gislene.(gysnapedagogia)

    ResponderExcluir
  4. professor, gostaría de falar sobre meus primeiros contatos com a linguagem na escola. Quando criança na verdade eu fui muito tímida, inteiramente dependente de mainha, extremamente caseira e muito calada, porém gostava muito de ler, embora tivesse uma grande dificuldade na compreenção (interpretação, problema que até hoje me acompanha,inclusive se tiver algumas sugestões para um melhor entendimento nas leituras, por favor estou aceitando). minha mãe me ensinou a ler e escrever em casa mesmo, antes da escola, portanto gostava de ajudar os coleguinhas e certo dia fiquei de castigo por tentar fazê-lo, foi decepcionante para mim saber que era capaz de ajudar não poderia. Fiquei de joelho no milho e a partir daí tornei-me ainda mais calada, durante muitos anos, em casa na escola, eram sempre poucas palavras.Lía tudo ao meu redor, quando ia na rua com meus pais, lia placas, faixas, nome das lojas, propagandas,números, e isso me acompanha até hoje, observo muito as escritas diversas por onde passo. tenho uma faciclidade incrível com números inclusive de cpf a pis kkkkkk, decoro tudo. Bom foi isso, o que mais me marcou como linguagens e comunicação, minha experiência.

    ResponderExcluir
  5. METADE...

    É tão dificil arranjar tempo..
    tempo para as coisas desejadas...

    porque metade de mim é rotina e a outra trabalho...

    É tão dificil fazer o que gosto...
    porque metade de mim não sou eu e a outra tá ocupada...

    É tão dificil continuar lutanto... por que metade de mim é indginação e a outra é fadiga...

    GOSTEI MUITO DA DISCIPLINA...DAS PROPOSTAS...PENA NÃO PODER ME APROFUNDAR...MAS PRETENDO CONTINUAR ESTUDANDO A LINGUAGEM E SEU UNIVERSO...

    VALEU FESSOR!!!

    ResponderExcluir