quarta-feira, 30 de junho de 2010

Alcymar Monteiro 27/06/10

Muito bom o show de Alcymar Monteiro, acompanhado de belíssimas coreografias da cultura brasileira.

Um dia feliz


Passamos pela vida tão apressadamente que, na maioria das vezes, não paramos para viver a felicidade. Levamos a vida tão ä sério, que acabamos colocando a diversão num lugar menor.
Mas, nesse dia 27/06 no show de Del Feliz conseguir me liberar e viver a alegria, na rua, no meio da multidão.
E Hermínio, embora você não estivesse tão animado, muito obrigado pela sua companhia.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Reunião em Pressidente Dutra

Nesta quarta-feira, dia 23/06/10 participei de uma reunião com o Secretário de Educação do Municipio de Presidente Dutra, com Prefeito e com a Coordenadora de Plataforma Freire no Municipio.

Na qual ficou decidido:

1. O Dia da aula inaugural - 15/07/10;

2. O Dia do inicio das aulas - 19/07/10;

3. A necesssidade de conversar com o João Borges e Pedro Rocha, sobre:
  • Equipamentos;
  • Acervo bibliográfico;
  • Transporte de professores, proporcinal ao número de estudantes-professores.
À noite estive no parque com as crianças e mais tarde na abertura do Arraiá das Caraíbas.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O ano da morte de Saramago

Polêmico com a publicação do seu livro O Evangelho segundo Jesus Cristo mexe com as bases da Igreja Católica, ao refletir sobre assuntos da ética, da religiosidade.
No romance o ano da Morte de Ricardo Reis, Saramago nos proporciona um reencontro com genialidade de Fernando Pessoa. E agora, com a morte de Saramago, quem vai escrever o ano da morte deste?!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Artes Cenicas: vivências psico-corporais

As artes cênicas de acordo com a Wikipédia são todas as formas de artte que se desenvolve num palco ou local de representação para o público. Muitas vezes estas artes cênicas podem ocorrer em praças ou ruas. Assim podemos dizer também que esse palco pode ser improvisado. Ou seja, o palco é qualquer local onde ocorre um apresentação cênica. Nesse sentido, podemos elencar as seguintes modalidades:
  • A dança;
  • O teatro;
  • O circo;
  • A ópera.

 

 
Na Bahia e no Nordeste, de um modo geral, as danças juninas são bons exemplos de artes cênicas.



Os gêneros das artes cênicas ou do teato são: trágico, cômico, dramático, dança e musical. Vejamos cada um deles:
  • Gênero trágico - este gênero imita a vida, no que se convencionou chamar, de ações completas;
  • Gênero cômico - são as comédias que apresentam o lado irônico e contraditório da vida;
  • Genêro dramático - tem a finalidade de representar e descrever os conflitos humanos;
  • Genêro dança -  utiliza-se de representações propiciadas pela mimica acompanhada da música;
  • Genêro musical - este gênero é desenvolvido através da música, que pode ser cômica, trágica ou dramática.
Nesse sentido, qualquer movimento corporal ensaiado é precedido de sensiblização, relaxamento, estudos, pesquisas e muitos ensaios, ou seja, além das habilidades corporais, os artista precisam estarem psicologicamente equilibrados para executar qualquer tipo de arte cênica.

TCC - Trabalho de Conclusão de Curso - Agropecuária.

Alface plantada na horizontal, em sacos de adubos.

sábado, 5 de junho de 2010

Uma síntese da aula da Especialização


A aula sobre currículo na Especialização em Gestão e Organização dos Espaços Escolares na UNOPAR Irecê, na qual sou tutor de sala, após abordar o currículo em quatro perspectivas: tradicional, humanista, tecnicista e multiculturalista, a professora apresentou a seguinte fala de Bachelard:
"Fechado no ser, sempre há de ser necessário sair dele. Apenas saído do ser, sempre há de ser preciso voltar a ele. Assim, no ser, tudo é circuito, tudo é rodeio, retorno, discursos, tudo é rosário de permanências, tudo é refrão de uma estrofe sem fim". (Bachelar, 1989)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Semiótica - ciência dos signos




Refletir sobre a semiótica, um exercicio necessário...


Para estas reflexões podemos começar pelos "Primeiros passos", ou tropeços como dizia uma professora da minha graduação quando se referia a coleção primeiros passos.

Outra alternativa é usar o dicionário de semiótica.

E ainda, uma outra alternativa, um tanto mais modesta é participar das aulas de Linguagens e Educação em Valença - UNEB Campus XV.


De acordo com Charles Sanders Peirce o homem atribui significado a tudo que o cerca numa concepçao triádica (Primeiridade, Secundidade, Terceiridade) e há três tipos de sígnos:
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Índice
Símbolo

A Linguagens e seus enigmas




DECIFRA-ME OU DEVORO-TE.
A linguagem, na era da informação e da comunicação, como na esfinge do faraó, nos desafia sempre "Decifra-me ou devoro-te".
E aí, vai encarar?!!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Uma bela CRÔNICA de João do Rio

A RUA

Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas. Tudo se transforma, tudo varia o amor, o ódio, o egoísmo. Hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia. Os séculos passam, deslizam, levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis. Só persiste e fica, legado das gerações cada vez maior, o amor da rua.

A rua! Que é a rua? Um cançonetista de Montmartre fá-la dizer:

Je suis la rue, femme éternellement verte,
Je n’ai jamais trouvé d’autre carrière ouverte
Sinon d’être la rue, et, de tout temps, depuis
Que ce pénible monde est monde, je la suis...

(Eu sou a rua, mulher eternamente verde jamais encontrei outra carreira aberta senão a de ser a rua e, por todo o tempo; desde que este penoso mundo é mundo, eu a sou...)

A verdade e o trocadilho! Os dicionários dizem: "Rua, do latim ruga, sulco. Espaço entre as casas e as povoações por onde se anda e passeia." E Domingos Vieira, citando as Ordenações: "Estradas e rua pruvicas antigamente usadas e os rios navegantes se som cabedaes que correm continuamente e de todo o tempo pero que o uso assy das estradas e ruas pruvicas." A obscuridade da gramática e da lei! Os dicionários só são considerados fontes fáceis de completo saber pelos que nunca os folhearam. Abri o primeiro, abri o segundo, abri dez, vinte enciclopédias, manuseei in-folios especiais de curiosidade. A rua era para eles apenas um alinhado de fachadas, por onde se anda nas povoações...

Ora, a rua é mais do que isso, a rua é um fator da vida das cidades, a rua tem alma! Em Benarès ou em Amsterdã, em Londres ou em Buenos Aires, sob os céus mais diversos, nos mais variados climas, a rua é a agasalhadora da miséria. Os desgraçados não se sentem de todo sem o auxílio dos deuses enquanto diante dos seus olhos uma rua abre para outra rua. A rua é o aplauso dos medíocres, dos infelizes, dos miseráveis da arte. Não paga ao Tamagno para ouvir berros atenorados de leão avaro, nem à velha Patti para admitir um fio de voz velho, fraco e legendário. Bate, em compensação, palmas aos saltimbancos que, sem voz, rouquejam com fome para alegrá-la e para comer. A rua é generosa. O crime, o delírio, a miséria não os denuncia ela. A rua é a transformadora das línguas. Os Cândido de Figueiredo do universo estafam-se em juntar regrinhas para enclausurar expressões; os prosadores bradam contra os Cândido. A rua continua, matando substantivos, transformando a significação dos termos, impondo aos dicionários as palavras que inventa, criando o calão que é o patrimônio clássico dos léxicons futuros. A rua resume para o animal civilizado todo o conforto humano. Dá-Ihe luz, luxo, bem-estar, comodidade e até impressões selvagens no adejar das árvores e no trinar dos pássaros.

A rua nasce, como o homem, do soluço, do espasmo. Há suor humano na argamassa do seu calçamento. Cada casa que se ergue é feita do esforço exaustivo de muitos seres, e haveis de ter visto pedreiros e canteiros, ao erguer as pedras para as frontarias, cantarem, cobertos de suor, uma melopéia tão triste que pelo ar parece um arquejante soluço. A rua sente nos nervos essa miséria da criação, e por isso é a mais igualitária, a mais socialista, a mais niveladora das obras humanas. A rua criou todas as blagues e todos os lugares-comuns. Foi ela que fez a majestade dos rifões, dos brocardos, dos anexins, e foi também ela que batizou o imortal Calino. Sem o consentimento da rua não passam os sábios, e os charlatães, que a lisonjeiam e lhe resumem a banalidade, são da primeira ocasião desfeitos e soprados como bolas de sabão. A rua é a eterna imagem da ingenuidade. Comete crimes, desvaria à noite, treme com a febre dos delírios, para ela como para as crianças a aurora é sempre formosa, para ela não há o despertar triste, e quando o sol desponta e ela abre os olhos esquecida das próprias ações, é, no encanto da vida renovada, no chilrear do passaredo, no embalo nostálgico dos pregões - tão modesta, tão lavada, tão risonha, que parece papaguear com o céu e com os anjos...

A rua faz as celebridades e as revoltas, a rua criou um tipo universal, tipo que vive em cada aspecto urbano, em cada detalhe, em cada praça, tipo diabólico que tem dos gnomos e dos silfos das florestas, tipo proteiforme, feito de risos e de lágrimas, de patifarias e de crimes irresponsáveis, de abandono e de inédita filosofia, tipo esquisito e ambíguo com saltos de felino e risos de navalha, o prodígio de uma criança mais sabida e cética que os velhos de setenta invernos, mas cuja ingenuidade é perpétua, voz que dá o apelido fatal aos potentados e nunca teve preocupações, criatura que pede como se fosse natural pedir, aclama sem interesse, e pode rir, francamente, depois de ter conhecido todos os males da cidade, poeira d’oiro que se faz lama e torna a ser poeira - a rua criou o garoto!

Essas qualidades nós as conhecemos vagamente. Para compreender a psicologia da rua não basta gozar-lhe as delícias como se goza o calor do sol e o lirismo do luar. É preciso ter espírito vagabundo, cheio de curiosidades malsãs e os nervos com um perpétuo desejo incompreensível; é preciso ser aquele que chamamos flâneur e praticar o mais interessante dos esportes - a arte de flanar: É fatigante o exercício?

Para os iniciados sempre foi grande regalo. A musa de Horácio, a pé, não fez outra coisa nos quarteirões de Roma. Sterne e Hoffmann proclamavam-lhe a profunda virtude, e Balzac fez todos os seus preciosos achados flanando. Flanar! Aí está um verbo universal sem entrada nos dicionários, que não pertence a nenhuma língua! Que significa flanar? Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e comentar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem. Flanar é ir por aí, de manhã, de dia, à noite, meter-se nas rodas da populaça, admirar o menino da gaitinha ali à esquina, seguir com os garotos o lutador do Cassino vestido de turco, gozar nas praças os ajuntamentos defronte das lanternas mágicas, conversar com os cantores de modinha das alfurjas da Saúde, depois de ter ouvido dilettanti, de casaca aplaudirem o maior tenor do Lírico numa ópera velha e má; é ver os bonecos pintados a giz nos muros das casas, após ter acompanhado um pintor afamado até a sua grande tela paga pelo Estado; é estar sem fazer nada e achar absolutamente necessário ir até um sítio lôbrego, para deixar de lá ir, levado pela primeira impressão, por um dito que faz sorrir, um perfil que interessa, um par jovem cujo riso de amor causa inveja...

[...]

(A alma encantadora das ruas, 1908.)

O poder da linguagem



“E o VERBO se fez carne e habitou entre nós.” (João 1,14)

Vôo - Cecília Meireles


Alheias e nossas as palavras voam.
Bando de borboletas multicores, as palavras voam
Bando azul de andorinhas, bando de gaivotas brancas,
as palavras voam.


Voam as palavras como águias imensas.
Como escuros morcegos, como negros abutres,
as palavras voam.


Oh! alto e baixo em círculos e retas acima de nós,
em redor de nós as palavras voam.
E às vezes pousam.

Cecília Meireles

terça-feira, 1 de junho de 2010

AULA EM VALENÇA


Comecei a colaboração em Valença... a viagem é longa e demorada, mas valeu a pena.
Mas, tenho muito o que fazer... e como!!